A morte por afogamento da menina Naisla Cestari, de 10 anos, na piscina de sua própria casa, em Linhares, na última segunda-feira, é um alerta para os perigos que rondam aquela que é considerada um grandes espaços de diversão, principalmente das crianças. Especialistas alertam que os ralos localizados no fundo e nas paredes das piscinas são os maiores causadores de acidentes.
“É preciso ter cem por cento de atenção com as crianças. Até com aquelas que sabem nadar. Curiosas, elas se aventuram na piscina e vão colocar a mão nos ralos”, diz o major do Corpo de Bombeiros do Espírito Santo, Leonardo Carnielli.
Além de Naisla Cestari, em Linhares, mais três casos de afogamento com morte, envolvendo crianças, já ocorreram neste ano no Brasil: em Minas Gerais, Goiás e no Distrito Federal.
ara o dono de empresa de manutenção e construção de piscinas José Wilson Moyses, os acidentes com crianças acontecem por falta de atenção e manutenção. “A maioria dos acidentes ocorre por falta de responsabilidade dos adultos e de manutenção da piscina”, garante ele.
A maior atenção deve estar concentrada nos ralos. José Wilson destaca, principalmente, os ralos de fundo de piscina, verificando-se se as grades de proteção estão fixas. “É só olhar para ver se a grade está deslocada. Fora da piscina dá para ver, porque a água é transparente”, explica ele.
O major Carnielli enfatiza a necessidade de um botão do pânico nas piscinas, que pode ser acionado em caso de acidente. “Há uma opção de se instalar um botão de pânico para desligar a sucção, caso alguém fique preso num ralo, por exemplo, diz o militar.
Em caso de afogamento, o major afirma que o melhor a se fazer no momento é respiração boca boca e massagem cardíaca. Mas, em todas as situações, devem ser chamadas equipes do Samu ou do Corpo de Bombeiros.
Condomínios devem ficar atentos
Principalmente nesta época do ano, condomínios devem se preocupar com a prevenção de afogamentos, porque as piscinas atraem maior número de adultos e crianças.
O presidente do Sindicato Patronal de Condomínios do Estado, Cyro Monteiro, diz que manutenção e informação clara aos frequentadores e visitantes são primordiais para evitar acidentes.
Casos em 2014
Linhares
Menina de 10 anos
Naisla Cestari morreu afogada na piscina de sua casa, em Linhares (ES) após ter o cabelo preso no ralo.
Distrito Federal
Criança de 2 anos
Morte por afogamento após queda na piscina de chácara no Distrito Federal.
Goiás
Menino de 7 anos
Garoto morreu afogado porque ficou com um dos braços preso em um ralo de piscina.
Minas Gerais
Menina de 8 anos
Uma menina morreu com o cabelo preso no ralo da piscina, depois de descer por um tobogã em um clube de Belo Horizonte.
Fonte: gazetaonline.globo.com