Os adolescentes de vários países asiáticos, que já são os melhores em outras disciplinas, também são os campeões em resolver problemas concretos, segundo um estudo revelado nesta terça-feira pela OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos). Já os brasileiros, não estão muito bem nesse quesito.
A OCDE avaliou a capacidade dos jovens de 15 anos para resolver problemas levantados na vida cotidiana, em uma nova pesquisa de seu informe PISA: por exemplo, marcar o lugar dos convidados em uma mesa de forma que alguns coincidam e outros não, otimizar a utilização de um leitor MP3 ou comprar em uma máquina distribuidora passagens de trem ao melhor preço.
A parte principal desta pesquisa, sobre conhecimentos em matemática, leitura e ciências e que havia sido publicada em dezembro, já havia revelado como melhores os países da Ásia.
Dos 44 países ou economias que integram a OCDE, os melhores alunos para a resolução de problemas são os de Cingapura, Coreia do Sul, Japão, Macau, Hong Kong e Xangai.
Estes países ou territórios conseguem notas neste aspecto de 562 a 536 pontos, contra 500 pontos em média para os países da Organização.
O resultado do PISA mostra, por outro lado, que apenas 2% dos estudantes brasileiros conseguiram resolver problemas de matemática mais complexos, atingindo 428 pontos — entre os estrangeiros, o percentual de acerto foi de 11%.
Leitura
Na Austrália, Brasil, Itália, Japão, Coreia do Sul, Macau, Sérvia, Inglaterra e Estados Unidos, os alunos são melhores, em média, na resolução de problemas que os jovens que têm bons resultados em matemática, leitura e ciências.
Os adolescentes de Brasil, Irlanda, Coreia do Sul e Estados Unidos obtêm os melhores resultados na resolução dos problemas chamados interativos.