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Mulher de capixaba sócio da Telexfree é presa em aeroporto ao tentar fugir dos Estados Unidos
Publicado em 2014-05-15 16:43:18




 

 
Kátia Wanzeler, mulher do capixaba fundador da TelexFree, Carlos Wanzeler, foi presa pela polícia Norte Americana na noite desta quarta-feira (14), no aeroporto JFK, em Nova York, quando tentava deixar os Estados Unidos.
 
A porta-voz da procuradoria Norte Americana, Christina Sterling, informou que Kátia foi presa como testemunha fundamental da fraude global pela qual a empresa é acusada.
 
Durante as investigações pela Polícia Federal dos Estados Unidos, Carlos Wanzeler fugiu para o Brasil enquanto seu sócio, James Merrill, foi preso na última semana e está sob custódia, aguardando ser ouvido na próxima sexta-feira (16).
 
 
Cerco a sócio capixaba cofundador da Telexfree
 
Acusado nos Estados Unidos de participar de uma conspiração para cometer um dos maiores crimes financeiros do mundo, o capixaba Carlos Nataniel Wanzeler, cofundador da Telexfree, se condenado lá, pode cumprir pena de até 20 anos de detenção no Brasil. 
 
Com a prisão decretada pela Corte federal americana desde sexta-feira, o empresário é considerado foragido. Ele não foi encontrado em Massachusetts. A suspeita é de que esteja no Brasil. 
 
Como existe um acordo de cooperação entre os Estados Unidos e o Brasil, a Polícia Federal pode a qualquer momento ser acionada para cumprir o mandado de prisão.
 
A PF informou não ter recebido, ainda, pedido algum para detenção de Wanzeler, mas se isso ocorrer, será por meio de notificação da Interpol ao Ministério da Justiça.
 
Há duas semanas, um dos advogados da Telexfree nos EUA disse aos órgãos americanos que Wanzeler poderia estar no Brasil. O empresário é de Vitória, mas morava há mais de 20 anos em Massachusetts. 
 
Wanzeler é também dono da Ympactus Comercial, com sede Espírito Santo, que representava a Telexfree no Brasil e que está bloqueada desde junho de 2013 .
 
Segundo depoimentos de funcionários da Telexfree ao jornal Boston Globe de Massachusetts, Wanzeler pode ter voltado ao Brasil pelo Canadá. 
 
Extradição 
 
Desde 1988, a Constituição do Brasil não permite a extradição de brasileiros para cumprir pena em outros países. Mas em caso de condenação, a penalidade deve ser aplicada aqui.
 
O procurador de Justiça Sócrates de Souza explica que a prisão é executada no Brasil de acordo com as leis nacionais. “Se houver pena de morte ou de 200 anos de prisão, por exemplo, será aplicada no Brasil uma penalidade correspondente em questões de qualidade e quantidade. Mas se a pena for de 20 anos de prisão, ela poderá ser cumprida na totalidade”, esclarece.
 
Caso haja uma condenação fora do país contra qualquer cidadão brasileiro, o Ministério da Justiça será acionado para tomar as providências para a detenção do acusado no Brasil.
 
Infiltrados 
 
Na última sexta-feira, a Homeland Security Investigations (HSI) – órgão do FBI responsável por investigar crimes financeiros, cibernéticos que ultrapassam as fronteiras dos EUA – prendeu o presidente da Telexfree e sócio de Wanzeler, James Merrill.
 
A acusação alega que que a Telexfree movimentou em média R$ 3 bilhões em todo o mundo. O relatório cita que a Ympactus, até o bloqueio das atividades, recebeu R$ 1 bilhão. Parte desse dinheiro foi enviada para contas de Carlos Wanzeler nos Estados Unidos.
 
Os dados foram passados pelo Tesouro do Brasil. A acusação diz que, nas contas da Ympactus e dos sócios da empresa, o Banco Central brasileiro encontrou quase R$ 500 milhões.
 
Em depoimento à HSI, Wanzeler disse que a Telexfree atuava com a venda de VoIP e que havia comercializado 4,8 milhões de pacotes de serviços entre 2012 e 2013. O órgão contrapõe a informação e diz que a empresa faturou aproximadamente R$ 1,7 milhão com a venda do serviço, menos de 1% do faturamento da empresa em dois anos.
 
Para entender o modelo de negócios da Telexfree, um agente do HSI se infiltrou entre os associados da rede em Massachusetts, tornando-se um divulgador. O policial postou mais de 700 anúncios na internet e não vendeu nenhum VoIP. Um promotor de vendas da Telexfree disse ao agente ter ganhado algo próximo de R$ 350 mil sem vender qualquer plano de telefonia.
 


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