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Juiz penhora bens para pagar a divulgadores da Telexfree
Publicado em 2014-05-22 13:23:31



Carros, computadores e bens de diretores e de empresas ligadas à Telexfree estão sendo penhorados pela Justiça do Espírito Santo para pagar divulgadores que alegam ter sido prejudicados pela companhia.
 
O juiz Ademar João Bermond, do 3º Juizado Cível Especial de Cariacica, que já deu decisões favoráveis a cinco consumidores, penhorou dois veículos do diretor Carlos Costa, que juntos custam mais de R$ 260 mil. Também foi confiscado dinheiro das empresas Disk à Vontade e Voxbras, que têm relações com a Telexfree (Ympactus Comercial).
 
Na última terça-feira (20), o magistrado, após reportagem do “Fantástico” que mostrou que a Telexfree continuava funcionando, enviou um oficial de Justiça à sede da empresa, na Enseada do Suá, para notificá-la sobre a penhora de computadores ali disponíveis. O objetivo é quitar parte da indenização que o consumidor Eduardo Tosi Borges tem direito. “Entrei no negócio 20 dias antes de a rede ser bloqueada. Muitos amigos estavam ganhando dinheiro e achei que seria um bom investimento. Cheguei a publicar anúncios, mas nunca vendi nenhum VoIP. Eu me senti muito lesado pela empresa. Não sabia que era pirâmide”, diz Eduardo.
 
Ele conquistou na Justiça uma compensação de R$ 18 mil. Parte desse dinheiro é referente ao investimento de quase R$ 6 mil feito na empresa. O restante está relacionado à indenização por danos morais.
 
O juiz Ademar João Bermond explica que a ação civil pública no Acre, que congelou o patrimônio da empresa em junho do ano passado, não impede que outros magistrados busquem bens livres da apreensão para pagar os associados. Além da Telexfree, ele também já deu decisões favoráveis a promotores de vendas da BBom.
 
“A quantia disponível no Acre não será o suficiente para ressarcir todos. Por isso, procuramos bens que podem ser usados para indenização”, explica.
 
No juizado de Bermond, há pelo menos 30 processos em andamento. Entre os bens penhorados há os carros Kia Sorento, no valor de R$ 84 mil, e uma Mercedes-Benz SKL 250, de R$ 178 mil. Os carros poderão ser leiloados para pagar divulgadores que já ganharam a causa ou que ainda terão as ações julgadas. “A maioria das pessoas que entrou na Justiça é gente simples que se deixou envolver por uma propaganda massiva do negócio”, explica.
 
Foragido dos EUA prepara defesa em Vitória
 
Sócio da Telexfree, o capixaba Carlos Wanzeler, considerado foragido nos Estados Unidos, procurou nesta quarta-feira (21) a Central de Inquéritos de Vitória, junto com o seu advogado, Antonio Car los Almeida Castro, o Kakay, para saber o teor do inquérito criminal no qual é alvo no Espírito Santo.
 
Segundo o defensor, o empresário não é acusado de crime algum relacionado à formação de pirâmide financeira. “Conversamos sobre o que está acontecendo aqui e nos Estados Unidos. Contra eles não há ainda acusação. Passamos na Justiça para falar com o juiz e mostrar onde ele mora e que veio a Vitória a trabalho”, disse Kakay.
 
Não se entrega
 
Apesar de estar com a prisão decretada nos Estados Unidos, Wanzeler não pretende se entregar. Na semana passada, a esposa, Kátia, foi presa ao tentar sair daquele país. “Meu cliente tomará conhecimento das acusações lá e vai tentar a liberação da sua esposa”. 
 
Kakay disse que vai ao Ministério da Justiça informar sobre a prisão de Kátia, denunciado que existe uma brasileira presa nos Estados Unidos de forma ilegal.
 
Quando as investigações no Brasil, voltou a afirmar que tem convicção de que a Telexfree não é pirâmide.


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