O atentado em uma boate gay em Orlando, que ocorreu na última semana, fez com que diversos grupos LGBT se manifestassem na tentativa de criar medidas contrárias à homofobia.
A milícia que mais tem ganho adeptos é a Pink Pistols — uma organização pró-armamentos que incentiva o porte de armas por homossexuais e os ensina a usá-las para autodefesa.
O grupo militante existe desde os anos 2000, mas tem ganhado cada vez mais adeptos desde o tiroteio que matou mais de 50 pessoas na boate Pulse, na madrugada do último dia 12.
Dentre as pessoas que aderiram ao grupo na última semana estão Karen McCloud e sua namorada, a quem Karen ensinou a atirar profissionalmente. Ela é ex-soldado e tem certeza de que pode ensinar muitos outros membros da frente LGBT a portarem armas para se defenderem em ocasiões como a da boate Pulse.
— Pessoas más podem ter armas, assim como as pessoas boas. No entanto, apenas essas pessoas boas são são capazes de impedir que esses armamentos sejam usados para o mal — disse Karen, enquanto recarregava sua espingarda.
Segundo a página oficial do Pink Pistols, o porte de armas por cidadãos comuns é legalizado em 31 Estados no mundo. Nesses locais, os homossexuais precisam se sentir confortáveis com os armamentos, aprendendo a carregá-los e manuseá-los. Por isso, o Pink Pistols tem o objetivo de patrocinar cursos de tiro e ajudar membros da frente LGBT a obterem licença para comprar os armamentos.
O site oficial afirma que há mais de 45 "filiais" da Pink Pistols em todo o mundo, e que esse número só tende a crescer.
— Nos dedicamos ao uso legal, seguro e responsável de armas de fogo para autodefesa da comunidade sexual minoritária. Nós não acreditamos que é de direito daqueles que odeiam e temem gays, lésbica, bissexual, trans, ou pessoas poliamorosas a usá-los como alvos para a sua raiva. Nós temos direito de nos defender.