O senador Magno Malta (PR) confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que pode ser vice na chapa do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) para a presidência da república em 2018. Na última pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, Bolsonaro aparecia em segundo lugar, com 16% das intenções de voto, atrás apenas do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), que foi a preferência de 30% dos entrevistados.
O senador capixaba não descarta, ainda, inverter de posição com o deputado, saindo como candidato à presidência com Bolsonaro como vice. "Temos conversado que, em 2018, todos estaremos juntos, independente de posições. Aliás, não só eu e ele, mas todos aqueles que repudiam esse modelo esquerdopata que destruiu o País. Quem pode ser vice também pode ser o verso", afirmou ao Estado/Broadcast Político.
Em vídeo postado nas redes sociais em junho ao lado de Malta, Bolsonaro fez um afago ao senador. "Magno, você tem muita responsabilidade para com 2018. Você tem consciência disso? Não o teu mandato de senador, algo mais alto, ou colaborar com algo mais importante para nosso Brasil. Porque, sempre digo, se a gente quiser mudar o Brasil, tem que ter gente no nosso perfil sentado naquela cadeira presidencial. (...) No ano que vem, uma certeza aqui: estaremos do mesmo lado", disse o deputado.
Esta não é a primeira vez que Malta se coloca para disputar as eleições presidenciais. Em janeiro, o senador publicou em suas redes sociais que queria ser candidato a presidente do país e que "se sente preparado para o cargo", mas admitiu que as possibilidades de concorrer para o comando do país pelo PR são pequenas.
Concorrente
Além de Malta, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) é outro que é cogitado para ser parceiro de Bolsonaro em 2018. Ele afirmou que seu nome para vice de Bolsonaro foi lembrado por apoiadores dos dois. "Não partiu de mim, foi um comentário que fizeram. Minha preocupação agora é alterar o texto dessa reforma da Previdência", desconversou. Ele, no entanto, rasgou elogios ao colega. "Gosto do Jair, tenho boa relação com ele. É um bom nome para presidente. Se não for para o 2º turno, é ele quem vai definir a disputa", afirmou.
Segundo apurou o Estado/Broadcast Político, Faria de Sá e Malta querem disputar o pleito de 2018 como vice de Bolsonaro pelos seus atuais partidos. O argumento é de que poderão reforçar o tempo de propaganda na TV de campanha do deputado fluminense. Esse ponto é considerado primordial por aliados de Bolsonaro, uma vez que o parlamentar deve concorrer por uma legenda pequena, que tem pouco tempo de TV.
Pela legislação eleitoral, 90% do tempo de TV deverá ser dividido entre os candidatos proporcionalmente ao tamanho das bancadas na Câmara dos partidos que fazem parte da coligação dele. Os outros 10% restantes são distribuídos igualitariamente. Das 26 siglas com representantes na Casa, o PR tem a quinta maior bancada, com 38 deputados, enquanto o PTB, tem a 11ª maior, com 17 parlamentares.
Bolsonaro já afirmou que está 99% acertado com o Partido Ecológico Nacional (PEN). A filiação, segundo o próprio, deve ser anunciada em breve. “É um noivado nota 10. Estamos, inclusive, estudando a mudança do nome do partido. Em poucos dias devemos selar esse casamento”, disse o deputado.
Fonte: gazetaonline.com.br