Seleções para a Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiros serão anuais e com menos vagas, diz secretário
Em até 30 dias, o governo do Estado irá anunciar o próximo concurso para essas três áreas da segurança pública, conforme adiantou neste domingo a coluna Victor Hugo, de A GAZETA.
A seleção, de fato, deve ocorrer no início de 2018, e para a Polícia Militar devem ser pelo menos 200 vagas, de acordo com o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia. Ele não detalhou como seria a divisão entre oficiais e praças. Na última seleção em 2014, foram oferecidas 2.123 vagas para soldado, sendo 500 para formação de cadastro de reserva, e 40 para oficial.
De acordo com a nova lei de promoção da carreira de praças e de oficiais administrativos das corporações, aprovada em julho, os concursos terão no máximo 350 vagas, que é a capacidade da academia de polícia para treinamento.
O efetivo da PM hoje está em torno de 9,3 mil policiais. O secretário ainda não adiantou o quantitativo que será selecionado para a Polícia Civil e Bombeiros, que será de acordo com a disponibilidade financeira do Tesouro Estadual.
A Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes) considerou o anúncio do concurso como um avanço para conter a defasagem do efetivo, mas avalia o quantitativo anunciado pequeno.
“Somente esse ano, já perdemos 286 policiais, que foram para a reserva. Se considerar desde 2015, são quase 700. E com a mudança da lei, a formação vai levar um ano e 8 meses. Ou seja, ainda ficaremos no ano que vem com os cargos vagos”, explicou o presidente da associação, tenente-coronel Rogério Fernandes.
Na avaliação dele, o maior déficit é na carreira de oficiais, no cargo de tenente, em que já faltam 120 militares.
“No atual modelo, são 3 anos para formar um tenente. Por isso, entregamos uma proposta ao Comando-Geral da Polícia de exigir o bacharelado em Direito para os oficiais, o que diminuiria a formação na metade do tempo. Mas não tivemos retorno”, afirmou.
A Secretaria de Estado de Governo e o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, foram procurados, mas não foram localizados pela reportagem.
Fonte: gazetaonline.com.br