Depois de provar 20 shorts dentro de uma loja de roupas feminina, um professor de 35 anos ficou pelado na frente de uma vendedora, na tarde desta terça-feira (25), em Jardim Camburi, Vitória. A Polícia Militar foi chamada e o suspeito conduzido para a delegacia, mas ele acabou liberado.

 

A vendedora que atendeu o professor é uma universitária de 20 anos, filha da proprietária da loja. A jovem estava sozinha no comércio no momento em que o suspeito entrou na loja.

 

"Ele disse que era professor e que queria provar roupas para uma peça de teatro. Inicialmente a história convenceu", lembrou a estudante.

 

O professor vestiu 20 shorts e algumas mini-saias. Durante uma hora que ficou na loja, ele fez perguntas se a universitária estava sozinha ou se ela esperava alguém. "Achava que ele fosse fazer algo pior contra mim", destacou a jovem.

 

Enquanto provava o suposto cliente, medindo as roupas, ele passou a falar vulgaridades para a vendedora e chegou até a ficar nu na frente dela.

 

Ele saiu da loja uma hora depois. A vendedora fechou o estabelecimento e foi para casa, onde contou tudo para a mãe. "Deixei ela em casa e fui para a loja, pois minha filha chorava muito, estava assustada. Quando eu estava lá, ele apareceu. Saí da loja e pedi ajuda aos outros vendedores, que chamaram a polícia. Ele ficou peladão na loja, vestiu as roupas femininas com a porta do provador aberta, na frente da minha filha. Acho que ele queria tentar alguma coisa contra ela, por isso voltou à loja", disse a mãe da vítima, uma comerciante de 42 anos.

 

Antes de ser levado pelos policiais militares para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, o professor disse que tudo não passou de um mal entendido.

 

"Foi uma amiga minha quem pediu isso, para um trabalho. Eu não tenho passagem, a minha namorada tem a idade dessa vendedora e eu não preciso disso. Talvez eu não tenha pensando antes, em ser tão sincero com a moça", afirmou o professor, que não será identificado pois não foi autuado em flagrante.

 

Mas ao ser questionado sobre quem é essa amiga, ele disse que não tem nenhum contato dela e descreveu o que aconteceu na loja. 

 

"A vendedora disse que me trataria com respeito, por isso eu poderia provar as roupas. Eu até falei que aquele short ficava indecente. Em momento algum eu quis fazer algo contra a jovem. Não nego que fiquei nu, foi ingenuidade", declarou o acusado.

 

O delegado de plantão no DPJ, Kleisson dos Santos, informou que o professor foi autuado pelo crime importunação ofensiva ao pudor. O professor assinou um termo circunstanciado e foi liberado. O delegado explicou que, se condenado, esse professor pagará multa estipulada pela Justiça.