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Garotas de programa são presas acusadas de tentar matar sargento da PM em Vila Velha
Publicado em 2014-04-17 13:32:05





 

Duas garotas de programa acusadas de tentar matar a facadas um sargento da reserva da Polícia Militar, 55 anos, no dia 23 de março, no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, foram presas nesta terça-feira (15) em Aracaju, Sergipe.
 
Segundo o delegado da Polícia Civil de Sergipe, Fernando Melo, Thainá Marcele dos Santos Menezes da Silva, 18 anos, e Narjara de Souza, 19, foram localizadas em Aracaju por meio de um monitoramento feito no celular da vítima, que havia sido roubado pelas duas na ocasião do crime.
 
Alé do celular, as jovens roubaram uma pistola calibre ponto 40 e um carregador com 11 munições so sargento. “O celular era utilizado ora por Thainá ora por Narjara. Elas optaram por fugir aqui para a capital sergipana porque a mãe de Thainá mora no bairro Luzia, zona sul da cidade. Depois se mudaram para uma casa em que a avó de Thainá costuma alugar no bairro Bugio, na zona norte”, explicou Melo. 
 
As investigações feitas a partir do Espírito Santo mostram, inclusive, que as jovens estariam trabalhando em Aracaju como representantes de uma empresa de TV por assinatura. No último dia 11 de abril, a Justiça do Espírito Santo expediu um mandado de prisão contra Narjara e Thainá que foi cumprido pela Companhia de Radiopatrulha da Polícia Militar de Sergipe nesta terça-feira. 
As jovens serão encaminhadas para o Espírito Santo, onde deverão responder pelo crime de tentativa de homicídio.
 
O crime
 
Um sargento da reserva de 55 anos foi esfaqueado no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha. O crime ocorreu por volta das 22 horas. De acordo com investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o sargento contou que estava passando de carro, um Astra branco, pelo bairro Glória, também em Vila Velha, quando deu carona para as duas jovens.
 
O Astra, de acordo com a Polícia Militar, pertence à corporação e é utilizado como viatura descaracterizada. 
 
Segundo o sargento, enquanto levava as jovens para onde elas iriam - ele não informou o local - uma delas o assaltou e, durante o assalto, acabou esfaqueando-o. Ele ainda afirmou para os policiais que a acusada teria roubado a arma e dois celulares que ele estava carregando e, em seguida, teria fugido com a outra jovem. 
 
Entretanto, após investigações, os policiais informaram que não foi durante um assalto que o sargento foi esfaqueado. Segundo os policiais, ele estava em uma quitinete de um prédio com uma das jovens quando os dois começaram a discutir e ela o esfaqueou, fugindo em seguida. Eles não sabem qual foi o motivo da discussão. 
 
Um segurança, 55, que mora no prédio, ressaltou que estava chegando do trabalho quando se deparou com a jovem saindo do apartamento, ferida. “Ela estava ensaguentada da cabeça aos pés, e disse que tinha se ferido. Estava com a chave do apartamento, mas não tinha a chave do portão. Então abri para ela sair, e ela saiu junto com uma outra jovem que estava do lado de fora esperando-a”, lembrou.
 
Como ouviu pedidos de socorro vindos do apartamento, o segurança pediu a chave do imóvel para a jovem e, antes de fugir, ela o atendeu. Então ele foi até o apartamento e, ao encontrar o sargento ferido, levou a vítima para o Hospital Santa Mônica, em Vila Velha. O caso será investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Vila Velha.
 
Carro era da Polícia Militar
 
Além de apresentarem uma nova versão para o ocorrido, os investigadores ainda ressaltaram que o Astra branco em que o sargento estava, que foi utilizado por ele para ir até a quitinete, é uma viatura descaracterizada da Polícia Militar.
 
Segundo os policiais, apesar de ser da reserva, o sargento trabalha nessa viatura como segurança do advogado Alexandre Martins. Martins é pai do juiz Alexandre Martins Filho, assassinado há 11 anos em Vila Velha. 
 
O segurança que socorreu a vítima também confirmou a informação, revelando que chegou a utilizar o Astra para levar a vítima até o hospital e depois recebeu uma ligação de um outro policial militar pedindo para ele deixar o carro no local porque era uma viatura da PM.
 
“O Astra estava parado na frente do prédio, então o levei no carro e voltei para casa com o veículo. Mas depois um policial me ligou dizendo que eu tinha que voltar com o Astra para o hospital e deixar o carro lá, porque era uma viatura”, lembrou.
 
Os policiais acrescentaram que o sargento afirmou que a jovem roubou a arma dele, uma pistola calibre .40, e dois celulares. Já a faca utilizada pela acusada foi encontrada momentos depois pela Polícia Militar dentro de uma bolsa que ela havia deixado dentro do Astra e entregue na 2ª Delegacia Regional de Vila Velha.


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