Uma quadrilha com integrantes de Minas Gerais e do Espírito Santo foi presa na última sexta-feira (20) em Alegre e Muniz Freire, na região do Caparaó, acusada de dar o golpe do empréstimo em dezenas de aposentados e pensionistas.
Sete pessoas faziam parte da quadrilha, que segundo a polícia, possuía até uma empresa de intermediação de crédito, com sede em Alegre, que preparava documentação e os contratos em nome das vítimas.
O que chamou a atenção da polícia é a quantidade de material utilizado para falsificar documentos para conseguir os empréstimos, como um rolo oficial da Escelsa em branco, onde os criminosos inseriam dados das vítimas.
Com o grupo também foram apreendidos doze cédulas em branco de Identidade. Foram recolhido dinheiro, TV, impressora, notebook, três pendrives, aparelhos celulares, extratos de banco, diversos documentos de escritório, cartão de idoso e certidão de casamento.
Foram presos Aldisséia Dorneles da Silva, 50 anos, acusada de ser a mentora do grupo, Robson Olmo Cabral, de 41, Daril Ramos de Souza, de 28, Washington Alves da Cunha, de 66, Fábia Fernandes de Oliveira, de 20, Adelino Guilherme de Medeiros Filho e Fernanda Ferreira Farias Ataíde, 29.
De acordo com o delegado, os criminosos utilizavam da boa fé de suas vítimas para conseguir ludibriá-las.
“Na maioria das vezes eles iam até a residência das pessoas e falavam que elas tinham direito a empréstimo pessoal pelo INSS, em razão de seu benefício de aposentado ou pensionista. E nessa conversa, a vítima fornecia documentos pessoais para fazer contrato e não mais devolvia”, disse.
O esquema foi descoberto por uma gerente de banco de Muniz Freire, que desconfiou do documento apresentado por Washington, que utilizava o nome de uma das vítimas e tentava retirar R$ 7,2 mil em dinheiro.
A partir dele, os policiais chegaram a outros quatro integrantes do bando, que estavam numa pousada em Alegre. E por fim, foram à empresa de intermediação financeira, onde foram presos Daril e Aldisséia.
Todos foram autuados pelo delegado de plantão de Alegre, Valdemir Cavalcanti, por formação de quadrilha, falsidade ideológica e tentativa de estelionato, cuja pena, segundo ele, pode chegar a 12 anos.
Os homens foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro e as mulheres para o presídio feminino de Cachoeiro.