O salário real do trabalhador brasileiro recuou de R$ 1.950 em 2014 para R$ 1.853 em 2015, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) 2015, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (25).
Também houve diminuição dos rendimentos das aposentadorias, de benefícios sociais, de trabalhadores domésticos e a renda familiar no geral.
No caso das aposentadorias, recebimento de aluguéis, juros, benefícios sociais, o rendimento médio em 2014 havia sido de R$ 1.845. Em 2015, diminuiu para R$ 1.746, o que representa uma queda de 5,4%). No caso dos empregados e trabalhadores domésticos, a média dos rendimentos no ano passado foi de R$ 1.832, quase 2% a menos que os R$ 1.867 registrados em 2014.
A renda das famílias, que o IBGE chama de "domicílios particulares permanentes", também está menor. Em 2015, foi de R$ 3.186, um recuo de 7,5% em relação a 2014, quando esse valor havia sido de R$ 3.443.
O rendimento médio real caiu para todo mundo, mas há ao menos uma notícia boa: a desigualdade de salários entre homens e mulheres diminuiu. Os homens de 15 anos de idade ou mais ganharam, em média, R$ 2.058, enquanto as mulheres da mesma faixa etária receberam, em média, R$ 1.567.
Proporcionamente, as mulheres ganharam 76,1% do rendimento dos homens em 2015 — um aumento de 1,6 ponto percentual em relação a 2014, quando essa relação foi de 74,5%. Em 2014, homens receberam, em média, R$ 2.184, enquanto as mulheres ganharam R$ 1.627.
População ocupada
Outro dado relevante apresentado pela pesquisa é a redução da população ocupada — primeira queda dos últimos 11 anos. Na passagem de 2014 para 2015, o mercado de trabalho perdeu cerca de 3,8 milhões de pessoas. O pior caso é o da indústria, que registrou a maior perda, de cerca de um milhão de ocupados a menos.
Em relação a 2014, a participação dos empregados entre os ocupados caiu de 61,3% para 60,6%, enquanto a dos conta-própria cresceu de 21,4% para 23,0%. Além disso, 2 milhões de ocupados deixaram de contribuir para a previdência.
O mercado de trabalho mostrou, ainda, aumento de 38,1% da população desocupada (mais 2,8 milhões de pessoas), que chegou a 10 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade em 2015.
Fonte: r7.com