A semana deverá ser tumultuada para o capixaba. Isso porque rodoviários e médicos prometem paralisações. No caso dos rodoviários, a interrupção no serviço começa a partir de quarta-feira e, no caso dos médicos, o sindicato promete greve no serviço de Vitória e da Serra a qualquer momento.
Em relação à greve dos rodoviários, a Justiça expediu liminar que determina que cerca de 70% da frota de ônibus deverá circular de 6h às 9h e de 17h às 20h durante a greve da categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários (Sindirodoviários), Edson Bastos, o setor jurídico se reúne hoje para analisar a liminar e a diretoria vai então definir a estratégia de greve.
Além de manter a frota nos horários de pico, a liminar determina que o Sindirodoviários deve “se abster” de realizar qualquer manifestação que paralise total, parcial ou temporariamente o Sistema Transcol e as linhas municipais até quarta-feira.
“Podemos esperar mais protesto. A partir de quarta-feira tudo pode acontecer. Vamos traçar uma estratégia com a diretoria do sindicato nesta segunda. Nossa pauta de reivindicação tem 68 itens e queremos ser atendidos”, afirmou.
Os médicos capixabas protestam contra o programa Mais Médicos. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (Simes), Otto Baptista, profissionais das redes de Vitória e Serra vão parar a qualquer momento. Ele explicou que os serviços de urgência e emergência serão mantidos. Já as consultas agendadas nas unidades de saúde podem ser prejudicadas.
“Estamos buscando o piso nacional de salário e uma equiparação com o programa Mais Médicos. O valor pago no programa, em algumas prefeituras, chega a R$ 16 mil. No mesmo ambiente de trabalho, um médico que desempenha a mesma função, fez um concurso e apresentou títulos recebe R$ 2,5 mil salário-base. Isso gerou uma revolta da categoria”.
Baptista destacou que a categoria não quer negociar com secretários de saúde dos municípios, e sim com prefeito e os secretários de administração e finanças. “Do contrário, não há diálogo. Podemos fazer paralisações a qualquer momento ou podemos trabalhar com quantitativo menor, com metade da equipe. Algumas vão ficar prejudicadas, mas vamos sensibilizar a população para nossa luta”.
Conheça as reivindicações
Rodoviários
Custeio do plano de saúde pelo empregador
Aumento no valor do ticket
Aumento do salário em 20%
Melhores condições de trabalho
Terceiro turno no final de semana, para melhorar a escala
Equiparação de 80% do salário do motorista para o cobrador
Cobrador nos ônibus seletivos
Adicional de 30% no salário do motorista de ônibus articulado
Médicos
Pagamento do piso nacional da Fenam, que é de R$ 10.412 para 20 horas semanais
Segurança armada nas unidades básicas de saúde
Melhores condições de trabalho com reposição de materiais básicos como abaixador de língua
Incorporação de adicionais como plantão e insalubridade no sálario-base
Fonte: A Gazeta