Depois de passar por uma cirurgia na Santa Casa de Guaçuí para controlar uma hemorragia interna, Nauzi Daudt, motorista de uma Kombi escolar que se envolveu em um acidente na tarde de ontem, 17, na BR 482, em Guaçuí, não resistiu e morreu a caminho da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro. O corpo está sendo velado na capela de Guaçuí, mas segue agora pela manhã para o distrito de Celina, em Alegre.
O acidente aconteceu pouco depois do meio dia, na BR 482, na altura do bairro Santa Cecília, em Guaçuí. O médico Alessandro Saade Araújo, 42 anos, que estava dirigindo uma caminhonete L 200, com placa de Anchieta, perdeu o controle da direção e atingiu três carros e uma moto, a Kombi foi o último veiculo atingido na batida. O impacto foi tão forte que lançou o motorista Nauzi para fora do carro. Que teve além de hemorragia interna, traumatismo craniano, por isso, a necessidade da transferência. Testemunhas afirmam que o médico estava em alta velocidade na BR, mesmo sendo um trecho urbano. A única pessoa ferida no acidente foi Nauzi.
O motorista da caminhonete que causou o acidente, Alessandro foi encaminhado para a delegacia de Guaçuí e prestou depoimento, ele chegou a dizer que não sabia como perdeu o controle do carro. Segundo a delegada de Guaçuí, Edilma de Oliveira, foi feito o teste de bafômetro e o exame deu negativo para a ingestão de álcool. " Um inquérito foi aberto, o motorista não apresentava sinais de embriaguez segundo a Polícia Militar, e também o teste do bafômetro. Ele afirmou que faz uso de remédios antidepressivos, inclusive foram encontrados remédios no carro. O motorista disse que havia ingerido um remédio desse tipo. A PM não apreendeu nada no carro do motorista e nenhuma droga foi encontrada", afirma a delegada de Guaçuí.
O médico que causou o acidente vai responder por homicídio culposo, aquele que não tem a intenção de matar, mas ainda segundo a delegada de Guaçuí, durante o inquérito pode se transformar homicídio doloso, já que ele assumiu o risco de matar depois de ingerir medicamento controlado. A delegada pediu por ofício que o motorista realizasse um exame de sangue, no Pronto Socorro, para investigar qual tipo de droga o médico ingeriu, mas ele se recusou a fazer o procedimento. Alessandro prestou depoimento e foi liberado. Não foi preso, por isso, nem precisou pagar fiança.
Fonte: 90,5